quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Sublime amor

Dor
Dor quando vomitei sangue hoje
Saiu sangue dos meus olhos,
Minha alma da minha boca saiu
Deixou meu corpo vazio,
Frio
Em coma emocional
Letargia macabra que me fez caminhar
Rosto fixo, um autômato vazio.
Maldito seja, amor,
por dar e depois tirar
por me fazer acreditar
fazer amar
fazer sangrar
vomitar e desmaiar.
Acordar sem acordar, andar,
Um marionete vazio
E quem puxa as cordas?
Você, filho da puta Amor?
Maldito.
Maldito, mas não como eu.
Maldito como o cheiro do meu vômito,
As perturbações e memórias doces que não me deixam dormir
Maldito como o ódio que sinto.
Tirou quase tudo de mim:
Meu sorriso, minha alegria, meu sangue,
Minhas tripas e minha fome
Meu coração e alma....
Esqueceu minha raiva, Maldito Amor
E nela vou espetar sua cabeça.
Juro pelo negrume do meu ódio
Que cada broto seu que nascer em mim vou arrancar da raiz,
Ver secar aos poucos, para só então queimar no fogo
e urinar sobre as cinzas.

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