sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Prometi que não escreveria mais.
Tolo.
Me pego pensando onde vou publicar,
Quem vai ler,
Quantos vão aplaudir,
Quem vai invejar,
Quantas apaixonar...

Bobagem. Usar palavras para...
Para sombrear verdades e então:
Dizê-las da forma mais crua
Mais fria (sem uma gota de anestesia)
E com as unhas longas e imundas
Raspar as feridas de todos
Com um floreio de voz
Flores e perfumes
Infectar e re-infectar memórias
Desenterrar assombrações
SIM!!
Poesia é quase magia negra
Engana-se quem pensa que é boa.
Não é.
Da minha voz saem os ecos
Dos gritos dos seus fantasmas
E euu ESPERO que te atormente,
Maldito que admira minha maldição.
Espero que minha poesia te infecte
Te atormente e te contamine
Para que este PUS
Que todos chamam 'lirismo'
Possa sair da minha alma
E me traga algum alívio.

Então não sorria esse sorriso bovino
E feche esses seus olhos brilhantes,
Para que - por Deus -
Eu não veja neles minha dor,
Desespero e agonia
Convertidas em tamanha beleza.

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