Após a passagem da tempestade
Nada mais resta no chão
Daquilo que foi um dia
E caíram os castelos
E caíram as igrejas
E das ruínas
Nem sobrou a consolação
Como nada mais
Pudesse existir
Como pudesse ter existido
Um dia.
Apagou-se de um dia
Para outro
Carregado pelas águas
De uma consciência indômita
Arrasadora
Que nem mesmo restou
Uma arqueologia possível
Que pudesse compor
Um labirinto de formas
Poeiras de um passado
Que já passou
Escorrendo no ralo.
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