sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A liberdade do poeta

Todos os poetas, porém, julgam que aquele que está deitado na erva ou numa encosta solitária, com o ouvido à escuta, aprende algo do que se passa entre o céu e a terra. E se experimentam ternas comoções, os poetas supõem sempre que a própria natureza está apaixonada por eles.
E que se lhe acerca o ouvido a murmurar coisas secretas e palavras carinhosas. Disso se gabam e se gloriam, perante todos os mortais. Existem tantas coisas entre o céu e a terra que só ao poetas sonharam.
E mormente no céu: porque todos os deuses, são símbolos e artifícios de poeta.

NIETZSCHE. Friedrich, Assim falou Zaratrusta, São Paulo: Editora Martin Claret, 2000, p. 106.

Nenhum comentário:

Postar um comentário