domingo, 10 de outubro de 2010

As lembranças insignificantes

Numa casa velha abandonada
Vivem minhas lembranças
Que se pudesse esquecê-las
E por mais que tentasse assim fazer
Nada aconteceria
Como pudesse mudar
O que já fora escrito
Por mim mesmo.
Como podemos jogar fora
Os encontros realizados
Os desencontros mal colocados
Em minha insignificante
Existência.
O que sobraria
Se nem lembranças pudesse haver
Mais
Numa caixinha de música
A tocar solenemente uma valsa
E uma bailarina dançar
A morte do cisne.

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