do ano passado que passou
deixou pelos cantos
um rastro de poeira
que não se levanta
nem por encantamento.
Sem tempo para tristeza
que tomou rumo inesperado
foi-se de vez
para as águas profundas
lá no fundo do esquecimento.
Pudera em silêncio
descansar a cabeça aflita
docemente pairar nas velas
perdidas em alto mar.
Pode-se no mar
e embarcar nos redemoinhos
e girar a terra
e girar o sal
e tornar-se lama a ser moldada
de novo!
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