sexta-feira, 29 de abril de 2011

Minha flauta de plástico

Mais importante do que viver
É aprender a tocar flauta.

Nunca toquei nada
Nunca pintei nada
Mas tive amores
Grandes e passageiros
Pequenos e sorrateiros
Por estar preocupado demais
Nestes assuntos do coração
Esqueci-me de viver.

Se pelo menos tivesse
Aprendido a toca flauta
Minha solidão seria companheira
De uma música inventada na hora
Uma nota de jazz de um negro
Enchendo as bochechas de um sopro
Capaz de encher meus pulmões de vida

A vida é uma nota de jazz
Breve
Imensamente breve e bela
Soprada com toda a energia.

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