segunda-feira, 24 de maio de 2010

A dor do amor que se foi

Uma dor desconhecida
Destas sem motivo algum
Que fere o coração do homem
Não é apenas de tristeza
Mas de desolação
Que se esconde por trás
Da frágil couraça de aço
Que se quebra em instantes
Esfacelando-se no chão
Quando não se tem motivos
Diria assim mesmo
Pode ser força de expressão
Pode ser uma sutil negação
De sua própria fraqueza
Ainda que não tenha motivos
Aparentes
Mais profundo motivaria
Razões totalmente irracionais
Que não podem ser tocadas
Nem entendidas
Nem ditas
Nem faladas
Se assim for a medida
Das contradições.
Nada pode ser feito
Senão viver a melancolia
De viver sem razão

Vivemos sem razão
Apenas por viver
Um momento fugaz
Do amor que se foi.

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